terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

O desenho e a escrita


A quarta postagem selecionada apresenta informações de uma atividade solicitada pela interdisciplina de Alfabetização e letramento. O trabalho de Emília Ferreiro nos proporciona observar quatro níveis do processo de alfabetização: pré-silábico, silábico, silábico-alfabético e alfabético, mas conhecer a psicogênese, apenas, não resolve todos os problemas no processo de alfabetização. O professor alfabetizador ao observar os níveis da escrita de seus alunos, utiliza-se desta informação para proporcionar aos alunos atividades que explorem a evolução dos níveis.
Ao ler o artigo intitulado “Ver, criar, compreender” da revista Viver Mente&Cérebro há uma relação entre os processos de escrita e desenho. As relações entre os dois processos ocorre simultaneamente, pois como escreve Pillar (2005) “o desenho começa como uma escrita e a escrita começa como um desenho”.  Abaixo apresento o quadro com a linha de evolução comum entre os sistemas de desenho e escrita.

Podemos analisar com este quadro que o desenvolvimento do desenho auxilia no processo de escrita. É comum nas turmas iniciais os alunos “escreverem” cartas para seus professores e colegas, eles utilizam o desenho como uma forma de expressão e muitas vezes dizem que no desenho há mensagens escritas. Vejo também alunos que costumam dizer que desenham seus nomes, quando na verdade escrevem. Isso nos  mostra que para a criança o desenho e a escrita andam juntos.
Desta forma os professores devem também analisar o desenho da criança, assim com já faz a observação dos níveis de escrita. Confesso que na correria do dia a dia na época em que li o material da iterdisciplina não dei o devido valor. Hoje ao revisitar os textos percebo que falho como professora ao não observar os desenhos dos meus alunos, mas de agora em diante a análise do desenho fará parte, principalmente da sondagem inicial do ano letivo.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

Aprendizagem


A terceirapostagem escolhida para a reflexão foi uma atividade realizada com minha turma de primeiro ano.  A narrativa apresentou uma pequena horta com as mudas germinadas em casacas de ovos. Tivemos como objetivo observar o crescimento/desenvolvimento das plantas. As crianças gostaram da proposta e até hoje tem a memória desta atividade. A maioria da turma permanece na mesma turma e este ano estarão no quinto ano.
Ao saber que os alunos ainda possuem a memória da atividade percebo o quanto proporcionar ao aluno momentos de pesquisa e observação faz com que a aprendizagem se torne significativa e eficaz. Como diz o ditado popular “Vivendo e aprendendo”, a criança aprende melhor aquilo que vivencia.
De acordo com Valle (2014-p32) “O cérebro aprende e se desenvolve em atividade e por estímulos externos. Dessa forma, considerando a necessidade de o aluno aprender por meio de ações práticas (como já sugeria Piaget), as propostas metodológicas devem prever esses encaminhamentos.”.
Portanto, os professores devem levar à turma uma problemática, oferecer recursos para que seja feita a pesquisa e de forma prática atinja os objetivos da proposta. Esse exemplo de atividade me remete a uma frase “mais laboratórios, menos auditório” dita por Becker e que nos exemplifica os rumos ideais para a educação.

Fonte: Valle, Luciana de Luca Dalla
Aprendizagem: tendências históricas e contemporâneas [recurso eletrônico]

domingo, 17 de fevereiro de 2019

Papel do professor


A segunda postagem que destaco trata-se do papel do professor frente às mudanças na educação. A breve reflexão apresentou como me sentia na época, pois percebia que necessitava aprimorar a prática pedagógica, mas ao mesmo tempo havia conflitos quanto ao sistema educacional das escolas. De que forma poderia me tornar um “mediador do saber” quando há uma lista de conteúdos pré-estabelecidos e uma dependência por parte dos alunos? Hoje percebo que com os estudos realizados ao longo do curso e a prática diária em sala de aula há uma mudança considerável no meu papel de professora em sala de aula.
Atualmente estamos vivenciando a inserção das tecnologias em nossas vidas. Porém percebo que a escola apresenta uma grade dificuldade em utilizar-se das tecnologias como recursos de aprendizagens. Desta forma os alunos estão perdendo o interesse nas aulas e automaticamente na escola. Com o uso da Internet se obtém com facilidade informações, mas ao mesmo tempo são informações prontas, sem uma visão crítica. Acredito que a escola tenha o papel de desenvolver no educando a criticidade das informações e desta forma torna-los cidadãos críticos capazes de refletir sobre as notícias e informações.

Portanto como professora e aluna PEAD tenho feito mudanças na prática que estão me tornando professora mediadora. Consigo entender que os alunos possuem potencialidades e que necessitam que alguém mostre a eles o quão são capazes de aprender. A grosso modo trabalho primeiramente a autoestima das crianças e sempre os faço pensar, refletir sobre informações e compartilhar as suas aprendizagens, este ano foi um ano muito satisfatório com muitas conquistas no espaço escolar. Logo estrei iniciando mais um ano letivo e espero que seja um ano de novas conquistas e novas aprendizagens tanto para os alunos como para a professora. 

domingo, 10 de fevereiro de 2019

Considerações sobre as reflexões

Ao visitar as antigas postagens, percebo que há uma mudança quanto à escrita, pois inicialmente os posts não apresentavam embasamento teórico e as reflexões objetivas deixam de trazer detalhes importantes para o leitor. Atualmente ainda encontro dificuldades na escrita, porém não percebo o mesmo problema na expressão oral. Ciente da necessidade do aprimoramento, percebo o quão importante a proposta de analisar e refletir sobre as escritas anteriores podem contribuir para o meu crescimento pessoal e acadêmico.

Para iniciar, destaco neste momento, uma publicação de 2015 sobre uma das leituras propostas pela interdisciplina Corporeidade - Epistemologia e vivências do aprender. O artigo Emoção e ternura escrito por  Maria Luiza Cardinale Baptista me faz refletir sobre o quanto a relação professor-aluno e vice versa é importante para o processo de ensino aprendizagem. De acordo com a autora,  " Quando o aluno rejeita o processo, o conhecimento, ele pode simplesmente construir uma espécie de escudo protetor, refratário à informação, ao fluxo de significados. Pode cristalizar a impotência ou, pior, negar-se ao envolvimento.". 


Como o professor deve agir para que o aluno não negue o conhecimento? Através da emoção! A emoção referida por Baptista está relacionada as ações dos seres humanos. A escola não deve ser diferente. O professor ao instigar o aluno faz com que o mesmo haja com emoção. 

Segundo a autora, 

"Pensar o desejo como potência é entender que isto envolve acreditar no real e, neste sentido, são fundamentais experiências de gratificação. Para a relação de ensino-aprendizagem, esta me parece uma pista importante. Os alunos têm que vivenciar o conhecimento, têm que saboreá-lo, em experiências prazerosas, associando-o a sua vida, a sua realidade. É preciso que o processo os afete de alguma maneira, no sentido de tocar-lhes os afetos, de sensibilizá-los para este tipo de conhecimento e da importância de se deleitar com a busca da compreensão do mundo e de sistematização dessa produção." 

Como professora busco por criar com o aluno um ambiente acolhedor, onde com segurança ela possa explorar suas habilidades com respeito e auxílio. Na turma de alfabetização  quando um aluno percebe que já está lendo e escrevendo gosto de valorizar o seu empenho pessoal. Costumo incentivá-los com falas dos objetivos já alçandos por eles. Utilizo como exemplos o falar, o caminhar e o andar de biscicleta/patins. Com estes exemplos eles percebem que ninguém começa a ler de um dia para o outro, mas que se faz necessário esforço e dedicação pessoal para que consiga atingir os objetivos. Ao analisar as suas conquistas desde o nascimento os alunos se enchem de motivação pois acreditam que são capazes. Há aqui uma inversão de expectativas, pois os alunos normalmente destacam suas dificuldades e desta forma destacamos as habilidades e principalmente as conquistas já adquiridas. 

Foto do dia em que os alunos ao final do ano de 2018 combinaram de me surpreender 
com cartinhas e flores. O motivo? Agradecer por toda a ajuda dada ao longo do ano.