Uma das passagens dos textos sobre Emília Ferreiro me chamou atenção. Nela, Emília diz em outras palavras que as diferenças entre as crianças de classe média e pobres não se dá por déficit intelectual.
Ao ler lembrei da minha realidade, pois atualmente trabalho com alunos pobres de escola pública e alunos de escola particular de classe média.
A diferença que percebo entre eles se dá no ambiente familiar, alunos de classe média, e não só os da escola particular, mas também os alunos com mais condições sociais que frequentam a escola pública apresentam maior valorização ao ensino. Demonstram vontade de aprender e possuem um "ambiente alfabetizador", pois seus familiares fazem uso de leituras.
Os alunos mais pobres, embora não apresentem déficit intelectual, demonstram uma certa falta de interesse pela leitura, normalmente suas famílias não possuem o hábito da leitura.
Destaco a importância da família e de um ambiente alfabetizador para a formação de novos leitores. De que forma podemos ajudar estes alunos que veem em casa a desvalorização de algo tão importante na vida deles? Ensinar os pais seria a solução? Questionamentos que permanecerão e que espero futuramente poder responder.
Olá Anna,
ResponderExcluirInfelizmente muitas crianças, em especial as de classe social inferior, não tem um ambiente alfabetizador em casa, como professores percebemos isso assim que conhecemos o aluno na escola. Não podemos esperar que esta realidade mude no ambiente familiar, temos que pensar em estratégias de fomentar o desejo pela leitura e escrita destas crianças pela escola. E até mesmo ensinar esses pais através das crianças.
Não é uma tarefa fácil, mas este é um dos nossos grandes desafios como professores em especial os professores alfabetizadores.