Apresento aqui as principais características dos teóricos a respeito da linguagem.
Vygotsky
Linguagem
e pensamento são fenômenos de desenvolvimento independentes, já nos primeiros
meses de vida. Por volta dos dois anos, estes fenômenos se encontram, passando
a exercer uma relação de interdependência, dando início a uma nova forma de
comportamento no desenvolvimento da criança, evolução do pensamento e da fala,
o pensamento verbal e a fala racional; interacionismo social. A fala tem início já no nascimento, após, a
criança começará seu “desenvolvimento linguístico”.
A linguagem é um processo pessoal e social;
O
crescimento intelectual da criança depende de seu domínio dos meios sociais do
pensamento, isto é, da linguagem. A linguagem é uma
ferramenta de contato. Possibilita a troca de ideias com as outras pessoas.
Descobriu que para melhorar o nível da aprendizagem, mais do que agir sobre o
meio, o indivíduo precisa interagir. Para ele, todo o sujeito adquire seus
conhecimentos a partir de relações interpessoais, de troca com o meio. Afirma
que aquilo que parece individual na pessoa é na verdade resultado da construção
da sua relação com o outro.
As
características e atitudes individuais são compostas das trocas com o coletivo.
A linguagem é o caminho para que o processo de interação ocorra. A linguagem realiza uma espécie de mediação do indivíduo
com a cultura. O professor é um mediador entre a criança e o mundo, ele ajuda o
aluno na interação com os outros e consigo mesmo, com isso, a criança
desenvolve seu potencial.
A linguagem está relacionada com a cultura do meio.
A interação social com parceiros é mediada através da linguagem. A mediação
ocorre quando a criança compreende a linguagem com o simbolismo, passa então a
nomear objetos e a relacioná-los. A internalização é quando o aprendizado se
completa e zona de desenvolvimento proximal se dá quando o individuo consegue
interagir com o mundo e consigo mesmo.
A aprendizagem sempre inclui relações entre pessoas.
A relação do indivíduo com o mundo está sempre mediado pelo outro. Este
processo de mediação, ou, os mediadores sempre vão estar entre os homens e o
mundo real, estes mediadores são: Instrumentos e Signos.
O desenvolvimento tem origens nas capacidades
humanas, o indivíduo aprende de fora para dentro, ou seja, seria o
desenvolvimento associado ao pensamento, indicando a trajetória da criança, que
vai dos processos socializados para os internos.
Piaget
O
desenvolvimento linguístico se inicia após certa etapa de desenvolvimento
cognitivo. O sujeito constrói conhecimento a partir de suas
interações com objetos físicos e sociais. O período sensório-motor (0 a 2 anos)
é de suma importância para o desenvolvimento da inteligência, pois vão ser a base
para construções posteriores. A criança passa por estágio para mudar os níveis
de seu desenvolvimento, a inteligência é anterior à fala. A criança precisa
reconhecer-se como objeto no universo, ele age sobre o meio.
As
primeiras impressões linguísticas após o nascimento fazem parte do
desenvolvimento cognitivo que precede o linguístico, para Piaget, a aquisição
da linguagem inicia desde a gestação. Crianças muito pequenas precisam do
objeto permanente, este que deve ter nome ou conceito, imagem ou função. O
estágio sensório-motor é o caminho para a linguagem, o significante contém o
significado. A aquisição da linguagem na criança acontecerá após ter percorrido
o estágio sensório-motor, onde elementos como a imitação, repetição,
socialização, jogos, serão imprescindíveis para a aquisição da linguagem.
Conclui
que todas as conversações das crianças podem se classificar em um de dois
grupos: o egocêntrico e a socialização. A diferença se dará nas suas funções.
No discurso egocêntrico a criança fala apenas dela própria, não tenta se
comunicar, não espera resposta e na maioria das vezes não se preocupa se alguém
a escuta. Com o discurso egocêntrico a criança age como quem pensa em voz alta,
realiza ou produz comentários simultâneos com aquilo que está fazendo. Para com
o discurso socializado, não procura estabelecer um diálogo com os outros:
manda, ameaça, transmite as informações, faz perguntas.
A criança
se apodera de um conhecimento se agir sobre ele, pois aprender é modificar,
descobrir, inventar.
O desenvolvimento cognitivo acontece a partir do
momento de maturação, acredita que está predeterminado e, irá aflorar com o
tempo, acredita na aprendizagem de dentro para fora, onde a transição entre os
estados mentais individuais não verbais, de um lado, e o discurso socializado e
o pensamento lógico do outro.
Wallon
Estudo da pessoa integralmente: caráter afetivo,
cognitivo e motor. Propõe estágios de desenvolvimento: destaca as emoções como
instrumento de interação com o meio, até um ano de idade. O processo de
aprendizagem implica na passagem por um novo estágio, desenvolvimento dialético
e interacionista;
O processo de aprendizagem é dialético; não há
verdades absolutas, e sim, estimular direções e possibilidades.
Concepção reducionista, propõe o estudo da
pessoa completa, tanto em relação a seu caráter cognitivo quanto ao afetivo e
motor, para ele a cognição é importante, mas não mais que a afetividade ou
motricidade.
Reconhece o fator orgânico como a primeira
condição para o desenvolvimento do pensamento; ressaltando a importância das
influências do meio. O homem seria o resultado de influências sociais e
fisiológicas, de modo que o estudo do psiquismo não pode desconsiderar nem um
nem outro aspecto do desenvolvimento humano. Por outro lado, as potencialidades
psicológicas dependem especialmente do contexto sócio cultural. O
desenvolvimento do sistema nervoso, então, não seria suficiente para o pleno
desenvolvimento das habilidades cognitivas.
Define
desenvolvimento como: processo pelo qual o indivíduo emerge de um estado de
completa imersão social, em que não se distingue do meio, para um estado em que
possa distinguir seus próprios motivos daqueles oriundos do ambiente. Assim,
desenvolver-se, seria o sinônimo de identificar-se em oposição ao mundo
exterior, ocorrendo através de processos assistemáticos e contínuos, em que a
criança oscila entre a afetividade e a inteligência. O desenvolvimento é movido
por conflitos, dialeticamente, de maneira análoga à combinação de acomodação,
assimilação e equilíbrio na teoria piagetiana. Entretanto, ao contrário de
Piaget, acredita que o processo não é tão bem delimitado, mas constante,
podendo haver, inclusive, regressão: as aquisições de um estágio são
irreversíveis, mas o indivíduo pode retornar a atividades anteriores ao
estágio. Um estágio não suprime os comportamentos anteriores, mas sim os
integra, resultando em um comportamento que é a acumulação das partes
Sendo assim, podemos concluir que para Piaget o desenvolvimento cognitivo precede a aquisição da linguagem. Vygotsky afirma que a aquisição da linguagem e o seu desenvolvimento possibilitam o avanço cognitivo. Segundo Wallon a linguagem precede a realidade. A linguagem é vista como fundamento da organização.
Desta forma percebemos que a interação social contribui para a linguagem e aprendizagem. Desde o nascimento estamos em contato com o outro, em ambientes que estimulam a aprendizagem. Estes ambientes familiares, escolares e sociais contribuem para a formação cultural de cada indivíduo. Na escola, o aluno ao interagir com o outro e explorar o objeto de estudo aprende e contribui para a aprendizagem do aouto, formando um compartilhamento de ideias, suposições e interações.
Desta forma percebemos que a interação social contribui para a linguagem e aprendizagem. Desde o nascimento estamos em contato com o outro, em ambientes que estimulam a aprendizagem. Estes ambientes familiares, escolares e sociais contribuem para a formação cultural de cada indivíduo. Na escola, o aluno ao interagir com o outro e explorar o objeto de estudo aprende e contribui para a aprendizagem do aouto, formando um compartilhamento de ideias, suposições e interações.
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