domingo, 10 de fevereiro de 2019

Considerações sobre as reflexões

Ao visitar as antigas postagens, percebo que há uma mudança quanto à escrita, pois inicialmente os posts não apresentavam embasamento teórico e as reflexões objetivas deixam de trazer detalhes importantes para o leitor. Atualmente ainda encontro dificuldades na escrita, porém não percebo o mesmo problema na expressão oral. Ciente da necessidade do aprimoramento, percebo o quão importante a proposta de analisar e refletir sobre as escritas anteriores podem contribuir para o meu crescimento pessoal e acadêmico.

Para iniciar, destaco neste momento, uma publicação de 2015 sobre uma das leituras propostas pela interdisciplina Corporeidade - Epistemologia e vivências do aprender. O artigo Emoção e ternura escrito por  Maria Luiza Cardinale Baptista me faz refletir sobre o quanto a relação professor-aluno e vice versa é importante para o processo de ensino aprendizagem. De acordo com a autora,  " Quando o aluno rejeita o processo, o conhecimento, ele pode simplesmente construir uma espécie de escudo protetor, refratário à informação, ao fluxo de significados. Pode cristalizar a impotência ou, pior, negar-se ao envolvimento.". 


Como o professor deve agir para que o aluno não negue o conhecimento? Através da emoção! A emoção referida por Baptista está relacionada as ações dos seres humanos. A escola não deve ser diferente. O professor ao instigar o aluno faz com que o mesmo haja com emoção. 

Segundo a autora, 

"Pensar o desejo como potência é entender que isto envolve acreditar no real e, neste sentido, são fundamentais experiências de gratificação. Para a relação de ensino-aprendizagem, esta me parece uma pista importante. Os alunos têm que vivenciar o conhecimento, têm que saboreá-lo, em experiências prazerosas, associando-o a sua vida, a sua realidade. É preciso que o processo os afete de alguma maneira, no sentido de tocar-lhes os afetos, de sensibilizá-los para este tipo de conhecimento e da importância de se deleitar com a busca da compreensão do mundo e de sistematização dessa produção." 

Como professora busco por criar com o aluno um ambiente acolhedor, onde com segurança ela possa explorar suas habilidades com respeito e auxílio. Na turma de alfabetização  quando um aluno percebe que já está lendo e escrevendo gosto de valorizar o seu empenho pessoal. Costumo incentivá-los com falas dos objetivos já alçandos por eles. Utilizo como exemplos o falar, o caminhar e o andar de biscicleta/patins. Com estes exemplos eles percebem que ninguém começa a ler de um dia para o outro, mas que se faz necessário esforço e dedicação pessoal para que consiga atingir os objetivos. Ao analisar as suas conquistas desde o nascimento os alunos se enchem de motivação pois acreditam que são capazes. Há aqui uma inversão de expectativas, pois os alunos normalmente destacam suas dificuldades e desta forma destacamos as habilidades e principalmente as conquistas já adquiridas. 

Foto do dia em que os alunos ao final do ano de 2018 combinaram de me surpreender 
com cartinhas e flores. O motivo? Agradecer por toda a ajuda dada ao longo do ano. 






2 comentários:

  1. Anna,

    A proposta de análise referente a aprendizagens anteriores é exatamente para que percebam toda a evolução que tiveram até o momento no curso, percepção esta relacionada às aprendizagens que vieram a contribuir em sua trajetória acadêmica.
    Que sigas refletindo sobre a importância deste momento, trazendo aos leitores suas experiências e aprendizagens adquiridas.
    Forte abraço!

    ResponderExcluir