terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Inclusão

               Ao pesquisar  sobre o assunto, encontrei uma matéria de 2009 da revista Nova Escola. O texto apresenta uma historia de sucesso sobre inclusão. Pude perceber que a história relatada se parece muito com o que tenho participado. 
               Em uma das escolas em que leciono, temos um aluno autista matriculado no quarto ano. É o segundo ano dele na nossa escola. No ano passado, o aluno ficou com carga horária reduzida e somente com a presença do pai na sala de aula, pois apresentava comportamento agressivo. Este ano, tudo mudou! Atualmente a pai não permanece na escola e o período de permanência no turno aumentou.  
                 O sucesso se dá pelo fato de que este ano iniciamos um trabalho conjunto, onde não apenas a professora titular da turma trabalha com ele. Quando ele se agita, convidamos que se retire da sala, dando outra opção a ele. As fugas da sala também reduziram, com o simples combinado de que ele ficaria com uma chave do portão, desta forma ele não se sente preso no ambiente. O aluno passou a ser um aluno de todos. há dias em que realiza suas tarefas na minha sala com os colegas do primeiro ano, outras vezes juntamente com os colegas do terceiro ano e assim seguimos. 
                 Como professora, digo que passamos a "ler" o aluno, observamos suas atitudes e o que provocava sua agressividade. Resolvendo isso, só temos momentos bons juntamente como todos os alunos. 
                 Os colegas, que antes apresentavam medo, aprenderam a lidar com ele e atualmente conseguem incluir sem nenhum problema. 


Clique aqui e leia a matéria!

Na mesma matéria podemos visualizar uma linha do tempo sobre a Inclusão.


A história da Educação Especial no Brasil
1854 
Problema médico 
Dom Pedro II funda o Imperial Instituto dos Meninos Cegos, no Rio de Janeiro. Não há preocupação com a aprendizagem.

1948 
Escola para todos 

É assinada a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que garante o direito de todas as pessoas à Educação.

1954 
Ensino especial 
É fundada a primeira Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae). Surge o ensino especial como opção à escola regular.

1961 
LDB inova 

Promulgada a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), que garante o direito da criança com deficiência à Educação, de preferência na escola regular.

1971 
Retrocesso jurídico 

A Lei nº 5.692 determina "tratamento especial" para crianças com deficiência, reforçando as escolas especiais.

1973 
Segregação 

É criado o Centro Nacional de Educação Especial (Cenesp). A perspectiva é integrar os que acompanham o ritmo. Os demais vão para a Educação Especial.

1988 
Avanço na nova carta 
A Constituição estabelece a igualdade no acesso à escola. O Estado deve dar atendimento especializado, de preferência na rede regular.

1989 
Agora é crime 
Aprovada a Lei nº 7.853, que criminaliza o preconceito (ela só seria regulamentada dez anos depois, em 1999.

1990 
O dever da família

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) dá a pais ou responsáveis a obrigação de matricular os filhos na rede regular.

Direito universal A Declaração Mundial de Educação para Todos reforça a Declaração Mundial dos Direitos Humanos e estabelece que todos devem ter acesso à Educação.

1994 
Influência externa 
A Declaração de Salamanca define políticas, princípios e práticas da Educação Especial e influi nas políticas públicas da Educação.

Mesmo ritmo 
A Política Nacional de Educação Especial condiciona o acesso ao ensino regular àqueles que possuem condições de acompanhar "os alunos ditos normais".

1996 
LDB muda só na teoria 

Nova lei atribui às redes o dever de assegurar currículo, métodos, recursos e organização para atender às necessidades dos alunos.

1999 
Decreto 3.298

É criada a Coordenadoria Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência e define a Educação Especial como ensino complementar.

2001 
As redes se abrem 
Resolução CNE/CEB 2 divulga a criminalização da recusa em matricular crianças com deficiência. Cresce o número delas no ensino regular.

Direitos 
O Brasil promulga a Convenção da Guatemala, que define como discriminação, com base na deficiência, o que impede o exercício dos direitos humanos.

2002 
Formação docente 

Resolução CNE/CP 1 define que a universidade deve formar professores para atender alunos com necessidades especiais.

Libras reconhecida 
Lei nº 10.436/02 reconhece a língua brasileira de sinais como meio legal de comunicação e expressão.
Braile em classe Portaria 2.678 aprova normas para o uso, o ensino, a produção e a difusão do braile em todas as modalidades de Educação.

2003 
Inclusão se difunde 
O MEC cria o Programa Educação Inclusiva: Direito à Diversidade, que forma professores para atuar na disseminação da Educação Inclusiva.

2004 
Diretrizes gerais 
O Ministério Público Federal reafirma o direito à escolarização de alunos com e sem deficiência no ensino regular.

2006 
Direitos iguais 
Convenção aprovada pela Organização das Nações Unidas (ONU) estabelece que as pessoas com deficiência tenham acesso ao ensino inclusivo.

2008 
Fim da segregação 

A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva define: todos devem estudar na escola comum.


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